quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Não se Fazem Professores como Antigamente




Hoje, as salas de magistério estão vazias. Perderam a paixão por ensinar. Antes, professores eram respeitados, pessoas cultas, ditos verdadeiros doutores. Nos dias de hoje porém, abandonam a profissão, jogando anos de estudo e dedicação para o alto, indo em busca de mais segurança, reconhecimento e dinheiro. Não se fazem mais professores como antigamente.
                Na mente dos futuros universitários, não há mais aquela necessidade de fazer aquilo que se gosta, aquilo que se nasceu pra fazer, a dita vocação.  Como tudo hoje, a profissão é mais uma coisa movida pelo dinheiro, e pela falsa impressão que ele deve ser sempre nossa primeira prioridade. Em um mundo capitalista, o dinheiro é o ingrediente para tudo. Mas ele vem tomado conta de nossas vidas que forma tão intensa, que vem até modificado nossos pensamentos sobre o amor, sobre o querer e o escolher. Quantas pessoas desejariam ter uma vida mais simples, viver pela arte e pela música, e estão presos em escritórios, sempre reprimidos por um terno?
                Foi esquecido o quanto os professores são fundamentais para a formação de uma nação.  É sempre discursado sobre o quanto o professor ganha mal, mas nunca é dito a diferença entre os professores atuais, para os antigos, de trinta anos atrás. Antes, as pessoas que mais sabiam eram eles, fonte de conhecimento para todos, trazendo com isso grande por aquilo que o professor representava.
                No que diz respeito ao exercício da profissão, os depoimentos evidenciam que dar aulas no passado não era mais difícil, nem mais fácil que hoje, pois a profissão docente nunca foi fácil e sempre enfrentou dificuldades. Mesmo reconhecendo que, no mundo atual, o magistério está em crise, uma certeza é unânime: a profissão nunca vai acabar o professor é uma presença importante na vida de todos. Apesar de ser uma profissão difícil, vale a pena ser professor!


Mais um retrato da vida, pela Menina dos Pés Descalços.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Tecnologia e a Banalidade das Palavras


A internet dominou o mundo. Hoje, todos estamos conectados em uma rede global. A comunicação nunca foi tão rapida e eficaz, mas a raça humana, que é uma especie caracterizada pela arte de pensar e amar, nunca antes foi tão fria e cruel.


 Há 70 anos, não havia a internet. As cartas eram o meio mais comum para se falar a distancia. As palavras, escritas a punho, demonstravam toda a emoção de uma forma viva, palpável. Quantos rapazes enamorados, escreviam suas juras de emor em pedaços de papel velhos e amassados, mas ainda sim conseguiam arrancar lágrimas e suspiros de suas amadas? Com a facilidade de comunicação, vem a banalidade das palavras. Como é facil dizer ''eu te amo'' hoje em dia. Mandamos uma mensagem por nossos celulares de ultima geração, que só faltam falar por nós, eu simplesmente apertamos algumas telhas em nossos computadores e pronto, um eu te amo por email. As mulheres de hoje sempre reclamam da falta de romantismo em seus relacionamentos, nos dias de hoje tudo parece tão programado, tão robótico, que fazemos sempre a pergunta, se aquilo que vemos, lemos e recebemos, é de fato verdadeiro.


A internet tem seus altos e baixos, como tudo na vida. Devemos porém consideram o quanto ela tem tornado trivial os sentimentos, e o quanto nossa vida social tem sido alterada por essa tecnologia. Porque não, nem que seja de vez em quando, mandar flores, recados escritos a mão? Porque não sussurar um eu te amo, quando não há nada a se dizer? O sentir já tem sido naturalmente desvalorizado hoje em dia, temos medo de nos abrir com medo de sofrer, e cada vez mais, temos usado o anonimato de nossas casas para viver, em vez de sermos felizes sendo quem realmente somos, sentindo o que fomos feitos para sentir: o amor.

Mais um traço da vida, pela Menina dos Pés Descalços.

Quem sou?

A menina translúcida passa.
Vê-se a luz do sol dentro dos seus dedos.
Brilha em sua narina o coral do dia.
Leva o arco-íris em cada fio do cabelo.
Em sua pele, madrepérolas hesitantes
pintam leves alvoradas de neblina.
Evaporam-se-lhe os vestidos, na paisagem.
É apenas o vento que vai levando o seu corpo pelas alamedas.
A cada passo, uma flor, a cada movimento, um pássaro.
E quando pára na ponte, as águas todas vão correndo,
em verdes lágrimas para dentro dos seus olhos.
(Cecília Meireles)